- Parte IV -
O prefeito pediu um minuto para o sargento e se afastou com os outros maçons uns metros e confabularam entre si, em seguida o prefeito voltou acompanhado dos outros e disse.
- Sinto muito sargento não vai dar para o senhor interferir neste caso.
- Porque, por acaso vou ter que agüentar o bode berrando a noite toda?
- Isso mesmo, amanhã logo cedo damos um jeito no bode.
- Isso nunca e como fica a minha autoridade, vou lá e pego esse bode ainda hoje, e levo pro destacamento.
- Se o senhor insistir nessa sandice, eu e os meus irmãos de maçonaria não nos responsabilizam por sua vida.
O sargento espertigou-se na sua autoridade perguntando.
- O que tem de especial esse bode, que pode atentar contra minha vida se eu for lá pega-lo?
- Isso não podemos falar é segredo maçônico. Disse o prefeito e dando uma piscadela para o menino.
- Mas. Retrucou o sargento.
- Nem mais nem menos sargento, a não ser que o senhor não dê valor a sua vida, neste caso aqui está à chave, e se o senhor for que Deus tenha piedade de sua alma. E estendeu a mão com a chave para o sargento.
O sargento pensou, pensou, olhou para seu filho e depois para o prefeito dizendo.
- Bem se é assim, não vejo razão para me arriscar, porque eu não sei, ou melhor, ninguém sabe o que vocês fazem lá dentro, mas amanhã vou comunicar o fato ao meu comandante de companhia.
- Puxa, se o senhor tivesse chegado dez minutos mais cedo, falaria pessoalmente com ele, pois ele participou da iniciação, mas acabou de sair do clube.
O sargento despediu-se do prefeito e comentou com o filho enquanto se dirigia para casa.
– Eu heim, sabe-se lá que tipo de bode é esse, pode ser até o demo, mas que amanhã eles tiram esse bode de lá; lá isso tiram.
Depois desse episódio o sargento passou a conviver com o fato de que jamais saberia o segredo dos maçons, e muitas segundas feiras se passaram através dos anos, ele sentado em seu alpendre observando o entre e sai dos maçons no templo.
O filho cresceu se tornou homem, lançou-se em direção a outras paragens, firmou-se profissionalmente, foi sondado e convidado a ingressar na maçonaria, aceitou e tornou-se um irmão.
Lembrou-se do pai velhinho, não mais um sargento e sim subtenente por força das promoções, qual seria a sua reação de ver o filho como um maçom. E a reação foi aquela que o filho esperava.
- Pai o senhor é um homem honrado, e sinto-me tranqüilo no que lhe vou falar agora, o que tanto o senhor questiona, vou lhe revelar o segredo da maçonaria e o que eu e os meus irmãos fazemos dentro de uma loja maçônica como aquela. Disse o filho apontando para o templo maçônico no outro lado da rua.
- Pai o que nós fazemos lá e o grande segredo, não…
Continua
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