domingo, 8 de abril de 2012

HISTÓRIA DO RITO BRASILEIRO - III

III - A MAÇONARIA DO ESPECIAL RITO BRASILEIRO
 No período compreendido entre 1878 à 1882, o negociante José Firmo Xavier criou uma sociedade secreta à feição da Maçonaria, colocando-a sob os auspícios da S. M. Imperador D. Pedro II, da Família Imperial e do Papa, era a Maçonaria do Especial Rito Brasileiro para as Casas do Círculo do Grande Oriente de Pernambuco.
 Tinha por finalidade defender a religião católica, sustentar a Monarquia Brasileira, praticar caridade, desenvolver as ciências, as letras, as artes, a indústria, o comércio, a agricultura e contribuir para a extinção do elemento servil.
 Era destinada somente à todos os brasileiros natos, sem distinção de classe, como especifica o art. 3º da sua Constituição.
 A base do Rito era a Maçonaria Simbólica com seus três Graus Simbólicos. Sobre essa base erguia-se a hierarquia dos 20 Altos Graus. As Lojas Simbólicas de hoje eram chamadas de Casas e tomavam o nome que quisessem, mas não podiam substituí-lo sob pretexto algum. Quando uma Casa abatia colunas, era proibido se instalar outra com o mesmo nome.
 A Constituição deste Rito, em diversos artigos, referia-se à emancipação dos escravos, dispensando carinho e atenção à alforria, inclusive com a criação de um cofre especial para se deitar o óbulo que quiserem a bem da emancipação dos escravos, que era comemorada com festa, na data magna do aniversário do Rito, no dia 29 de Junho, com a entrega solene das Cartas dos Libertos pelo respectivo cofre de emancipação.
 A Regência das Casas durava o período de um ano, e era composta de um Venerável, quatro Vigilantes (dois titulares e dois suplentes), um orador, um Secretário, um Tesoureiro, um Fiel, dois Guardas da Cruz, quatro Defensores e quatro Acusadores, quatro Sindicantes, quatro Mestres, quatro Andadores e dois Guardas do Templo. O Irmão eleito Venerável só poderia ser reeleito depois de findar quatro anos da sua administração.
 Além do Oriente, os Irmãos tomavam assento na Coluna do Norte do Vale do Soberbo Amazonas, de responsabilidade do Primeiro Vigilante, e na Coluna do Sul do Vale do Prata, sob os cuidados  do Segundo  Vigilante; pediam Vênia por duas palmas ao Venerável.
 O Ir:. Orador tinha assento em lugar especial ao lado esquerdo do venerável; além de exercer as atuais atribuições do cargo, ele também era o relator de todos os processos, que eram entregues ao Acusador.
 Os Irmãos Acusadores (Coluna do Norte) eram responsáveis pela acusação das faltas e erros dos irmãos, sendo a escolha de um deles por votação da Regência. Os Irmãos Defensores (Coluna do Sul), eram ocupados na defesa dos Irmãos processados, sendo um deles escolhido pelo Irmão acusado.
 Os Irmãos Sindicantes tomavam assento na Coluna do Prata (2) e na Coluna do Amazonas (2) e eram  responsáveis "em bem examinar e indagar das faltas chegadas quer pela voz pública, ou pelas pranchas que receberem".
Continua...

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