III - A MAÇONARIA DO ESPECIAL RITO BRASILEIRO
Os Irmãos Mestres tomavam assento em ambas as Colunas e dentre outras competências, eram responsáveis "por ensinar aos Irmãos da sua Coluna os toques e sinais e escrituração para bem poderem gozar e vencerem nos mistérios da Santa Irmandade", bem como executar todo trabalho cerimonial do Rito e de fazerem a polícia interna do Tabernáculo.
Os Guardas da Cruz, também tomavam assento em ambas as Colunas e eram chamados pelo Venerável para junto do docel quando tiver de descerrar o Santo Padroeiro e aí ficarão de pé até o fim do ato.
Os Guardas do Templo exerciam as mesmas funções dos nossos atuais Cobridores, sendo que, o que se encontrava no interior do Templo transmitia ao 2º Vigilante tudo que de fora do Tabernáculo lhe era comunicado.
Foi criado um Supremo Conselho do Grande Oriente em Pernambuco, ao qual ficará sujeita a Maçonaria do Especial Rito Brasileiro, que tinha o Imperador D. Pedro II, a S. S. Pontifica e os Príncipes da Família Imperial como Grandes Chefes Protetores, com o Grau 23, e como Grande Chefe Propagador e vitalício, com o Grau 22, o autor da idéia, José Firmo Xavier. Em caso de sua morte o Grande Chefe Propagador seria substituído, por eleição do Supremo Conselho, tomando o que o substituir o título de Chefe Conservador.
O autor do Rito encaminhou ao Imperador D. Pedro II uma cópia da Constituição do Rito acompanhada de uma lista com os 838 nomes de irmãos, denominada "Caderneta Nominal dos Sócios da Nobre e Augusta Casa Maçônica do Especial Rito Brasileiro Coração Livre e Popular propagada e instalada em Pernambuco". Foi observado que após o nome de muitos, havia a palavra - Republicano.
O Irmão Mário Behring informa que a tal lista foi enviada a D. Pedro II acompanhada da Constituição, para que ele naturalmente soubesse quais os seus defensores em Pernambuco, o que não se acredita, pois nessa extensa relação havia vários republicanos que, certamente, não seriam as pessoas indicadas para a defesa do Imperador.
Para Álvaro Palmeira, Grão-Mestre Honorário e Grande Instrutor do Rito Brasileiro, em decorrência dos fatos anteriormente relatados, era bem provável que Firmo Xavier queria fechar as feridas deixadas, sobretudo em Pernambuco, pela "Questão Religiosa", e sonhando ardentemente ver essa amizade restabelecida, colocou o seu Rito sob a proteção de D. Pedro II, da Família Imperial e do Papa.
Ainda, Álvaro Palmeira julga que o Rito não prosperou, por conter preceito de irregularidade, como a só admissão de brasileiro nato.
Assim, apesar de tudo, a Maçonaria do Especial Rito Brasileiro não alcançou seus desígnios e abateu colunas talvez antes do tempo.
Continua...
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